2021, o ano que começou ainda de licença (alargada) de maternidade, que me viu voltar ao trabalho já com vontade de sair.
2021, o ano em que fiz teletrabalho como já fazia há vários anos, mas desta vez com um bebé ao colo, a fazer sestas na mochila, na mama, à volta da secretária a esticar os bracinhos a pedir colo para participar em mais uma reunião de zoom.
2021, o ano em que me juntei, sem saber, ao movimento global apelidado de “the great resignation”. Após uma proposta, um acordo entre ambas as partes a que foi muito fácil chegar e assim disse adeus à empresa onde estive quase 10 anos (faltavam menos de 2 meses para o aniversário!).
2021, o ano em que deixei uma empresa onde entrei para trabalhar a part-time por 2 meses, em que fui ficando, onde apostaram em mim, onde cresci muito, aprendi mais ainda, fiz amigos que são família, viajei e conheci várias culturas, e da qual ainda falo como se ainda lá trabalhasse. Passei por vários projetos e, por fim, já não me sentia realizada. Realidade dura de processar. E o medo? E o privilégio que é poder aceitar, quer a nível financeiro, quer em ter ao meu lado alguém que me diz “vai, estou contigo”?
2021, o ano em que, com um grande frio na barriga, aceitei que a passagem por ali estava a terminar, que era hora de dar mais tempo à psicologia, ao meu ofício enquanto doula, às famílias que me procuram, à minha paixão pela maternidade e também à minha familia.
2021 foi ano de muito mais, mas foi o ano em que ser mãe (e todo o meu caminho até aqui) me deu força e asas para voar e “dar o salto” a nível profissional. E por aí, o que marca 2021 para ti?
Venha 2022!
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